Por Erik Willian
O digital veio para reinventar a forma de se fazer publicidade. Se nos meios tradicionais, como a TV, homens assistem a comerciais de absorvente e mulheres assistem a comerciais de lâmina de barbear, no digital nada disso acontece. Quem gosta de teatro vê anúncios sobre peças de teatro, já quem gosta de rock and roll fica por dentro dos melhores shows de rock, principalmente nos anúncios em redes sociais como o Facebook, e o Instagram, “novato” em ads.
Para este post, usaremos como exemplo o Facebook.
Se nos meios tradicionais quem paga mais aparece no melhor espaço ou horário, no digital esse conceito perde força. Pagar mais caro não é garantia de que seu anúncio será mais exposto, pois os algoritmos das redes sociais consideram um fator muito importante: a taxa de relevância.
Taxa de relevância é uma nota de 0 a 10 que o Facebook atribui ao anúncio, baseado no interesse dos usuários por aquele anúncio.
O Facebook mensura, principalmente, o número de pessoas que clicam no anúncio ou em um link presente no anúncio. Mensura também o número de pessoas que curtem, comentam ou compartilham o anúncio. Se, das pessoas que virem o anúncio, um percentual muito pequeno realizar alguma das ações acima, a taxa de relevância atribuída pelo Facebook será baixa.
Uma das formas mais comuns de pagar por anúncios no Facebook é o CPM – Custo por 1000 impressões, ou seja, custo por cada 1000 vezes que seu anúncio aparece. Nos anúncios digitais, o custo por 1000 é mais barato que na maioria das mídias tradicionais, principalmente por não exigir um investimento mínimo, seu anúncio pode gastar R$ 1 por dia apenas, se você assim definir.
Não existe um CPM padrão. Cada público-alvo tem seu próprio custo, baseado no número de anunciantes que estão disputando aquele público. De qualquer forma, em boa parte dos casos o CPM varia entre R$ 2 e R$ 4.
Um dos fatores que faz o custo por 1000 variar é a relevância do anúncio.
Imagine duas lanchonetes concorrentes disputando o mesmo público, no mesmo bairro. Cada uma cria um anúncio. Se o anúncio da lanchonete A receber nota de relevância 7, e o da lanchonete B receber nota de relevância 3, a lanchonete A terá um custo (hipotético) de R$ 2 por cada 1000 pessoas que virem o anúncio, ao passo que a lanchonete B terá um custo de R$ 4,50.
O dono da lanchonete A investiu 10,00 no anúncio, e seu anúncio apareceu para 5 mil pessoas (R$ 2 para cada 1000). Já o dono da lanchonete B investiu 15,00, e mesmo assim seu anúncio apareceu para pouco mais de 3 mil pessoas.
O anúncio da lanchonete A pode ter sido mais atrativo pois tinha uma imagem que despertava o apetite, um texto curto e chamativo, e assim recebeu mais cliques e curtidas.
Pagou, porém seu anúncio foi menos relevante, despertou menos interesse, e o Facebook entendeu que as pessoas preferiam ver o anúncio da Lanchonete A. O Facebook não vai impedir que nenhuma das lanchonetes veiculem seus anúncios (salvo se os anúncios infringirem alguma diretriz), porém cobrará mais para que o anúncio menos relevante (ou menos interessante) seja exibido para a mesma quantidade de pessoas.
Não só o Facebook usa a taxa de relevância como fator. O Google também usa o mesmo método em todas as suas plataformas de anúncio (Google Adwords, Rede de Display, Youtube). Isso acontece pelo fato de as empresas do mundo digital prezarem muito pela boa experiência de uso de seus usuários. Essas empresas entendem que parte da satisfação do usuário com sua plataforma está no fato de serem impactados por anúncios que sejam de seu real interesse, já que ninguém gosta de ver anúncios desinteressantes.
Primeiro passo: segmente bem. Se você tem uma sorveteria frequentada pelo público adolescente, de nada adianta criar um anúncio para pessoas entre 15 e 50 anos de idade. Os adultos presentes neste público não vão se interessar pelo seu anúncio e sua taxa de relevância cairá. É importante entender que na internet menos é mais. Tentar abrir o leque para atingir mais gente não é bom.
Segundo passo: comunique bem. Os anúncios devem ser chamativos e sucintos. Caso precise inserir uma grande quantidade de texto na descrição do seu anúncio, tenha uma chamada impactante para captar o usuário. As imagens usadas nos anúncios devem ser igualmente atraentes, isso fará com que mais usuários cliquem e seu anúncio seja mais relevante.
O aplicativo “Gerenciador de Anúncios”, do próprio Facebook, disponível para Android e IOS emite notificações em seu celular sobre o desempenho dos anúncios. Estas notificações dizem quanto você gastou no dia e quantas pessoas foram alcançadas. Além disso, notifica também caso um anúncio esteja se saindo melhor para o público de determinada faixa etária em detrimento de outra, assim você pode editar o público-alvo, priorizando o que vem demonstrando maior interesse.
Pelo aplicativo é possível criar, editar, ativar e desativar anúncios direto do smartphone.
Fundou a Digital Pixel em 2010, nascido em Belo Horizonte / MG, é experiente tanto na área de desenvolvimento como nas atividades de planejamento, atendimento. Atualmente é o responsável, na Digital Pixel pelo setor comercial e planejamento. Trabalhando com prospecção e adquisição de novas parcerias/clientes para a empresa. Participa ativamente dos projetos da empresa, e esteve presente desde a pré-contratação à entrega em mais de 1000 projetos web de diversos seguimentos.
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