Por Erik Willian
Nos últimos anos — e especialmente em 2016 —, programas bloqueadores de anúncios em navegadores tiveram um uso crescente. E isso se deu pelo impacto negativo que centenas de anúncios ruins e invasivos causam na experiência do usuário — anúncios punidos pelo Google, em algum momento.
Atualmente, o cerco está cada vez mais fechado em relação a isso. Até empresas legítimas podem perder seu espaço de publicidade quando os usuários decidem ignorá-lo como um todo em razão de promoções inadequadas.
E, dessa forma, o faturamento do Google cai com a perda de interesse das empresas em anunciarem na sua plataforma. Algo preocupante, sem dúvida.
De fato, a maioria dos anúncios punidos pelo Google não se relaciona com o dia a dia de uma empresa honesta. Ainda assim, há alguns fatores importantes que devem serem levados em consideração para evitar infrações à política do AdWords. E é sobre isso que falaremos no post de hoje! Confira:
O Google proíbe a divulgação de produtos ilegais ou de atividades que possam ser consideradas como criminosas. Portanto, venda de armas, drogas, explosivos, fogos de artifício ou informações a esse respeito são vedados no AdWords — nada mais justo.
Em sua política de anúncios, inclusive, esse conteúdo é listado pelo Google como “produtos e serviços perigosos”.
Também são restritos anúncios sobre produtos falsificados, jogos de azar e de medicamentos que não cumprem com as exigências de órgãos de fiscalização sanitária. Geralmente, tratam-se de remédios para emagrecimento, que renderam um número considerável de anúncios punidos pelo Google no último ano.
O Google também está cada vez mais preocupado com a experiência de usuários de celulares e tablets, ranqueando melhor as páginas adaptadas para esses dispositivos. Na contramão disso, infelizmente, tem sido uma prática comum entre negócios maliciosos o emprego de self-clicking ads — ou anúncios auto-clicáveis, em tradução livre.
Grosso modo, quando um usuário mobile acessa uma página e, de repente, é direcionado para a loja de aplicativos do aparelho ou para outra página, sem que tenha apertado qualquer botão, pode ser que haja um self-clicking ad na página.
Essa prática é considerada maliciosa e negativa para a experiência do usuário: afinal, é claramente invasiva. E uma tática extremamente útil para pessoas desonestas atraírem visitantes desavisados a baixar um aplicativo, e, assim, sendo vítimas de algum esquema.
Só em 2016, o Google desabilitou cerca de 23 mil anúncios assim.
Um anúncio enganoso pode sê-lo descaradamente, ao prometer a perda de peso por um meio que não funciona, ou sutilmente, ao divulgar uma promoção tentadora e omitir condições importantes para usufruir dela, por exemplo.
Ambos os casos são práticas proibidas no AdWords, pois atraem usuários, muitas vezes, desesperados ou ansiosos para aproveitar a oferta promovida, mas que acabam se vendo enganados.
O algoritmo do Google é programado para considerar como relevantes os conteúdos que cumprem com a promessa que fazem ao usuário. E há mecanismos para verificar isso, como o tempo de navegação na página e o bounce rate.
Nesse sentido, a postura quanto aos anúncios é ainda mais rígida, considerando que a propaganda enganosa é uma prática universalmente rejeitada. Assim, não são admitidos no AdWords anúncios sensacionalistas, que partem de premissas falsas ou que anunciam uma coisa, mas direcionam o usuário para outra.
Outra prática que tem levado a muitas punições pelo Google é o trick to click, em que o anunciante anuncia algo alarmante, como o PC do usuário estar sujeito a riscos, ou o próprio usuário estar sujeito a doenças.
Nesse caso, o usuário, chocado, é redirecionado a páginas que podem infectar seu dispositivo ou sujeitá-lo a outros tipos de fraude. Às vezes, esse redirecionamento pode até dar para uma página com conteúdo seguro, mas que nada tem a ver com o anúncio, atraindo o visitante de modo ardiloso.
De acordo com o Google, cerca de 112 milhões de anúncios trick to click foram tirados do ar em 2016.
A política do AdWords restringe a publicação de anúncios de determinados serviços e produtos sensíveis para alguns públicos. Portanto, se o anunciante promove um desses conteúdos restritos sem cumprir exigências adicionais, também tem seus anúncios punidos pelo Google.
Entre esses conteúdos encontram-se, por exemplo, serviços adultos e jogos de azar, assim como anúncios de bebidas alcoólicas, material protegido por direitos autorais, produtos farmacêuticos e serviços financeiros.
Inclusive, um grande número de anúncios que prometiam empréstimos consignados sem o cumprimento de exigências dos órgãos de regulação foram tirados do ar. As vantagens duvidosas que eles ofereciam já demonstravam a inadequação do anunciante às exigências legais.
Justamente por conta de casos como esse, é sempre importante contar com a ajuda de uma equipe especializada para se manter em dia com as diretrizes de conteúdo restrito do AdWords.
Afinal, são elas que ditam quais conteúdos são sujeitos a restrições, e como se adequar a essas restrições ao elaborar o anúncio — o que pode impactar até negócios tradicionais, como drogarias e distribuidoras de bebidas.
Por fim, além do conteúdo do anúncio, o Google também está de olho na forma em que ele é apresentado. Quanto a isso, um anúncio deve apresentar seu conteúdo de forma objetiva, deixando claro para o usuário o que ele encontrará ao acessá-lo.
Deve, também, redirecionar o visitante para um site válido e funcional. Assim, são contrários à política de anúncios do Google, por exemplo, sites em construção, URLs exibidos que não correspondem ao URL da página para que o usuário é redirecionado, e sites que não abrem em navegadores convencionais.
Além disso, há requerimentos formais que mantêm os anúncios atraentes e com aparência profissional, como a quantidade de pixels e o tamanho da imagem postada, e caracteres no corpo do seu texto.
Percebe-se, portanto, que cumprir com as normas de anúncios do Google AdWords é uma tarefa cada vez mais técnica, considerando que a plataforma tem se tornado cada vez mais rígida com o que chama de anúncios ruins. Tudo isso levando em consideração uma experiência geral mais favorável para os usuários impactados.
Assim, para garantir uma campanha eficiente de anúncios no Google e evitar que eles sejam punidos, é importante contar com a ajuda de uma equipe especializada em AdWords. Até porque a sofisticação da plataforma tem exigido maior especialização dos profissionais que trabalham na área.
Enfim, a princípio, pode até parecer que anúncios punidos pelo Google são aqueles obviamente ilegais, ofensivos ou enganosos. Mas, como vimos, com o aperfeiçoamento das diretrizes do Google, as exigências para bons anúncios têm ficado cada vez maiores, impactando ainda mais modelos de negócio.
Então, gostou do post? Agora, não deixe de entrar em contato conosco para desenvolvermos, juntos, uma estratégia de anúncios eficiente e em conformidade com as diretrizes do Google!
Fundou a Digital Pixel em 2010, nascido em Belo Horizonte / MG, é experiente tanto na área de desenvolvimento como nas atividades de planejamento, atendimento. Atualmente é o responsável, na Digital Pixel pelo setor comercial e planejamento. Trabalhando com prospecção e adquisição de novas parcerias/clientes para a empresa. Participa ativamente dos projetos da empresa, e esteve presente desde a pré-contratação à entrega em mais de 1000 projetos web de diversos seguimentos.
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